Skatista Profissional por Critérios Subjetivos esse ano foi de base
por: Marcelo Sanzoni(perfil Instagram)
A semana começou espantando muita gente com a notícia de que não existe a possibilidade de se tornar um skatista profissional por critérios subjetivos este ano, mas o que isso significa?
O skatista profissional subjetivo é o skatista que pede a profissionalização não por conta dos seus títulos ou campeonatos, mas sim por sua relevância no meio do skate, normalmente é alguém tão relevante que consegue patrocínios e apoios mesmo sem estar nos campeonatos.
ATENÇÃO: Antes de continuar, vale frisar que esta decisão normalmente é tomada pelos comitês que compõe a CBSK, e não a própria diretoria da CBSK.
Na maioria dos casos são os skatistas “underground”, que aparecem em revistas ou vídeo parts simplesmente porque andam muito e se jogavam em lugares onde muitas vezes quem compete deve evitar para não facilitar para uma lesão.
O critérios eram basicamente midiáticos, mercadológicos e esportivos, como descreve a postagem da CBSK do ano passado:
Para pedidos pela via dos critérios subjetivos, o skatista solicitante deve apresentar currículo da sua trajetória no skate e declaração de patrocínio.
Nesse caso, serão considerados critérios midiáticos (entrevistas em revistas, sites, programas de televisão etc), critérios mercadológicos (patrocínios, projetos com marcas especializadas etc) e critérios esportivos (tempo de skate, fatos e conquistas relevantes para o segmento etc).
O material apresentado será avaliado pelo Comitê da modalidade juntamente com a diretoria da CBSk, sendo desta comissão o poder exclusivo de aprovação ou não.
Fonte: http://www.cbsk.com.br/noticias/noticias/confederacao-brasileira-de-skate-divulga-criterios-para-processo-de-profissionalizacao-de-skatistas-amadores/2072
Qual é o problema da profissionalização por critérios subjetivos? É muito difícil de julgar se o skatista merece ou não o título de profissional, portanto acaba sempre rolando discussões entre quem pedia o título e os comitês, afinal ia muito de opinião pessoal dos membros, esse é o motivo de reclamação mais comum que eu já ouvi sobre o assunto.
Em nota a CBSK nos disse:
O processo de profissionalização de 2022 acontecerá, excepcionalmente, apenas com base em critérios objetivos. A decisão foi tomada a partir de votação envolvendo os comitês dos atletas. Em 2023, haverá eleição para escolher os membros do comitês e o processo voltará a acontecer com base em critérios objetivos e subjetivos.
Imprensa CBSK
Só para ressaltar, hoje, a maioria dos skatistas profissionais, se pedissem uma revisão do seu título de profissional, nas atuais regras não passariam para profissional, pois grande parte não está mais competindo, mas com certeza boa parte destes se pedissem a profissionalização por critérios subjetivos passariam numa boa.
Pessoalmente é complicado falar, pois o skate veio das ruas para as competições.
Eu compreendo a dificuldade em julgar uma pessoa de forma subjetiva, porém tirar isto é como tirar parte da cultura do skate e olhar apenas para o skate competitivo(ou olímpico).
E lembrando que o título de skatista profissional, não é algo que tenha um valor profissional, já que hoje você pode ter a carteira profissional assinada como skatista sem nem saber bater um ollie, porém, culturalmente é o motivo que inspirou e inspira muitos skatistas, tirar isso é como tirar um pouco da cor da cultura do skate.
Quanto mais nos distanciamos da cultura do skate, mais o skate se torna algo quadrado e fica mais preto e branco, se o skate for por este caminho, logo ele será só mais um esporte para as futuras gerações, sem essência, sem união, sem liberdade, só mais um esporte.
Consequências
Eu estou adicionando isto após ter escrito o texto, mas é que é algo que me pegou.
Eu imagino que realmente não deve ser fácil ou simples definir o profissionalismo por critérios subjetivos, mas já parou para pensar a quanto tempo esta possibilidade existe? E que provavelmente, e só digo provavelmente por edução, pois com certeza, tinha gente aguardando a data para o envio do material subjetivo.
Skatistas que estão o ano inteiro, ou a anos captando material para poder se provar digno de se profissionalizar por este meio, skatistas que podem desistir dos seus sonhos por conta de ter que esperar mais um ano inteiro para enviar seu pedido.
Não estou querendo ofender ninguém, mas se ponham na posição destes.
É trabalhoso tomar a decisão do subjetivo? Claro que é. Trás resultados vantajosos para o skate quanto esporte? Claro que não. Mas isto soma muito no skate quanto cultura e sua essência.
O mínimo, era ter tido um pouco de respeito para com estes e ter avisado ano passado que não teria a possibilidade ou mesmo avisar que não teria apenas no ano que vem, pois chega a ser uma falta de respeito para com estes esse aviso nem ter sido feito.
Repensem um pouco, pois pessoalmente acho uma injustiça isso, mesmo compreendendo que vocês não devem satisfações do ponto de vista legal, mas quanto skatistas isso deveria ser repensado.
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Qualquer instituição de skate existe, porque antes existiu o skate. Porém, estão invertendo essa ordem. Quando uma instituição quer colocar regras no skate e isso se torna aceitável, é porque em algum momento erramos. Quer dizer que agora só é profissional o skatista que compete? kkkkkk Que enterrem o forfun… Aliás, segundo esses critérios da CBSk, muitos “pro” teriam de voltar ao amador kkkkk Piada!