Por trás da arte: Eduardo Fujihara
Trocamos uma ideia esta semana com aquele que criou nosso logotipo clássico e também estava envolvido na criação do novo junto de Magoo Felix, o mestre Eduardo Fujihara não se contenta em apenas ser um grande designer, mas também já foi muitas vezes campeão Brasileiro de Slalom. Se liga que o papo foi muito bom!
Nome: Eduardo Yuji Fujihara
Contato:
edulity@uol.com.br
fujihara.dg@gmail.com
Instagram: @fujihara.dg
Data de nascimento: 07/11/1962
Trampo: Designer gráfico
Eduardo Fujihara, qual foi seu primeiro contato com o skate?
Me lembro que por volta de 1975, que o primeiro contato com o skate foi ter visto e achado muito bacana um garoto andando com um skate Hang Ten. Era uma coisa muito diferente de tudo que eu conhecia. Nessa época eu andava de bicicleta, empinava pipa e brincava de autorama. A partir desse dia nasceu a vontade de ter um skate. Mas meus pais achavam que era um “brinquedo” muito perigoso. Só fui ter um em 1977 quando ganhei um Bandeirante, feito com compensado naval com rodas de plástico e eixos adaptados dos patins da mesma marca. Era muito ruim mas estava feliz. Era o que tinha disponível a venda em Bauru (SP). Como primeiro contato prático, foi uma experiência muito boa pois foi nele que “aprendi a andar” de skate. O skate entrou no sangue! A partir disso, acabei conhecendo outras pessoas e outros materiais de skate. Me lembro que por volta de 1978, eu ganhei o meu primeiro skate “bom” que foi um RK Bennett com shape vermelho flat tipo surf, sem lixa, eixos Bennett Pro, com rodas bem largas e com bilhas soltas. Era outro mundo. Depois vieram as rodas Wave Park com cheiro de cereja (e capacete de fibra de vidro), MG, Costa Norte e Rat Bones (que guardei até hoje). Tive duas oportunidades de andar em São Paulo na Wave Park. Parei em 1989. Resolvi voltar em 1999 já morando em São Paulo. Montei um skate tipo band aid (que não me adaptei até hoje, pois me sinto melhor com os shapes bem largos) e também um longboard. Eu andei muito na Mahatma Ghandi em Interlagos e depois fui frequentar a ladeira do Museu do Ipiranga que se tornou a minha base até hoje. Também ingressei no slalom que considero uma modalidade muito técnica e divertida, chegando a participar de diversos campeonatos desde o inicio dos anos 2000 até hoje. Também sempre gostei de andar em pistas. O mais bacana, além do skate, são as amizades que fiz e que duram até hoje, me influenciando no meu life style e também na minha profissão de designer gráfico.
O que te inspirou para começar a criar?
Desde criança sempre gostei de desenhar e fazer artes manuais. Nas escolas, as aulas de desenho ou de geometria sempre foram as preferidas. Cheguei a fazer faculdade de engenharia mecânica mas não gostei. Depois comecei arquitetura e urbanismo na Unesp mas não tinha tempo para estudar devido ao trabalho sendo obrigado a transferir para o curso de desenho industrial na área de comunicação visual que hoje é design gráfico. E junto aos estudos, trabalhei cerca de três anos na agência de publicidade de um amigo ganhando experiência e onde realmente pude por em prática a criatividade e abriu a minha mente para essa área.
Qual sua inspiração para suas criações?
Devido a diversidade de meus clientes, eu preciso fazer muitas pesquisas para atender os seus objetivos. Por isso eu me inspiro em tudo e todos.
Tem algum trampo de que você se orgulha ter feito?
Eu creio que cada trabalho que faço me traz orgulho e satisfação por poder atingir as expectativas de cada cliente.
Tem alguma arte que sempre quis fazer, ou para alguma pessoa para quem sempre quis fazer, mas não teve a oportunidade?
Por enquanto sou grato a todos pelas oportunidades de poder fazer diversos trabalhos, sobretudo para os amigos e familiares.
Você tem um estilo que preferido de arte?
Não tenho um estilo preferido. Gosto de vários estilos, desde vintage ao contemporâneo.
Como foi o processo de criação do primeiro logotipo do canal?
Após as trocas de informações sobre o logotipo com o Marcelo Sanzoni, iniciei o processo de criação do logotipo com a aplicação de elementos e estilo que tivessem de acordo com as suas expectativas. Procurei fazer algo marcante, atemporal e com um estilo que tentasse agradá-lo e também a seu público. Fico muito agradecido e feliz pela oportunidade de poder ter realizado esse trabalho.
Para o segundo logotipo, qual era a proposta que você seguiu?
Para o segundo logotipo, eu procurei trabalhar em cima da ideia dele, transformando-a em realidade.
O que é ser um skatista para Eduardo Fujihara?
Para mim, ser skatista é uma pessoa que precisa gostar, andar de skate (ou já ter andado), se divertir, ser humilde e valorizar os amigos do skate. Não consegue passar um dia sem pensar em algo relacionado ao skate. Tem que ter o espírito do skate!
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