Trocando uma ideia com meu brother e grande skatista Alexandre Zikk Zira surgiu o assunto “O risco de andar de skate” e a resenha rendeu, eu estava falando do tabu que ainda é se falar dos riscos mortais para as mídias e ai o papo deu uma fluida nervosa sobre as verdades do skate, seria então o skate profissional uma farsa? Chega de resumir, acompanha nossa conversa:
“Marcelo Sanzoni:
Carai que fita… Não achei nada na mídia, mas a molecada é foda, pensando hoje várias vezes me botei numas situações bizarras, mas é sempre uma mer#@ quando isso acontece…
Alexandre Zikk Zira:
Eu já quase morri várias vezes, quase bati a fonte no chão na abertura do Thrasher.(inclui no final do texto)
Marcelo Sanzoni:
Mas você já é outra história né? Você manda as sinistras… ahahahaha… Mas é fo#@… O pior que é um assunto não muito bom de tocar em mídia p não deixar as pessoas em choque, ainda é um tabu…
Alexandre Zikk Zira:
Ninguém quer mostrar ou divulgar a verdade do skate. Só querem passar o skate maquiado, o “esporte”. Skate se for esporte é de alto risco, mas isso ninguém informa para não perder espaço, patrocínios, para as mídias que não são do skate. Temos que ser mais skatistas que atletas, até então porque atletas de skate para mim não existe. Cara enche a cara, cheira, fuma, toma LSD, vai nas festas mais loucas e não diz nada.
Marcelo Sanzoni:
Então… Hoje sobraram poucos tabus para mim sobre o que falar no skate, as lives abriram minha cabeça nesse quesito, mas quero um dia falar sobre os riscos reais do skate, mas isso seria polêmico, porque vai ter gente que vai ficar bravo comigo mais uma vez.
Alexandre Zikk Zira:
Não tenho rabo preso com ninguém e isso já é uma vitória ser livre igual ao skate, livre, poder se expressar não só manobrando, tem skatistas que viajam pra Europa, Estados Unidos, mundo afora , aí volta para a realidade sem patrocínio, não tem dinheiro nem pra pegar um metrô, ônibus ou Uber porque investiu tudo nesse sonho de ir para um evento fora do Brasil e o tempo foi curto.
Não é de uma hora para outra que realizamos algo, às vezes demora anos, para alguns às vezes a chance aparece uma vez, vai demorar para ter outros como a Rayssa que viralizou um vídeo dela e os outros skatistas que fizeram histórias fora do Brasil que hoje aparecem bem pouco nas mídias.
O tempo vai passando e quando ele percebe não realizou nem um Pro-Model de skate e já parou de andar.
Tem uns que já estão tentando migrar para a música, mas não sabem que a música também é uma cultura, uma arte, de que adianta cantar, pintar ou desenhar se você não conhece a história? Eu segui a cultura e estudei os antepassados, permaneci na cultura, trabalhando, estudando e nunca parei de andar, skate desde 1980.
São poucos que irão continuar, porque estão à procura de fama, status, seguidores e o mais cobiçado o dinheiro. O dinheiro é consequência de tudo que se faz, desde que seja por amor, o dinheiro é só mais uma base para fazer tudo que já fazemos, andando de skate.”
RESUMINDO
O skate é bom, é bom para um caral#@! Mas tem que ter a cabeça no lugar para não se perder, para não jogar todo o corre no lixo, esse skate hoje apresentado em grandes mídias, principalmente de fora do skate, não é bem isso, o corre é um pouco mais complicado, basicamente a resposta final seria que sim o skate profissional é uma farsa da forma em que ele é apresentado nas grandes emissoras, hoje você é a matéria, mas amanhã eles te esquecem, então não se apegue a sonhos mirabolantes se baseando em uma ou duas pessoas, tenha o pé no chão e faça seu corre com consciência, nunca se esqueça que antes de tudo o skate é um estilo de vida. #eusouskatista
Esta conversa foi transcrita com a autorização do próprio Alexandre Zikk Zira, nada postado em nossa página é feito sem a autorização prévia da pessoa ou entidade.
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